Cardigos
Cardigos, hoje sede de freguesia, tem no nome Bichieira antes do século XVI. Provém de Bruchus, um inseto muito frequente nas flores e que aparece em terrenos húmidos. No entanto o Padre Louro no seu livro “Cardigos – Subsídios para a sua história” diz que é mais claro o topónimo Cardigos advir de Cardo, assim como Cardal, Cardiga ou Cardosa.
Em 1525 Pero Anes era morador nos Cardigos termo da Bichieira. Este nome prevaleceu nos séculos XVII e XIX com o título de Vila Nova dos Cardigos.
Uma das famílias mais atingas nesta vila é a Mateus. Em 1622 aparece Diogo Mateus, Provedor da Misericórdia. Em 1631 vivia aqui Domingos Mateus. Em 1801 foi passada carta de barbeiro a Joaquim António, filho de António Mateus para poder sangrar, sarjar, lançar ventosas e sanguessugas. Em 1817 e 1825 eram Irmãos da Misericórdia Pedro Mateus e Francisco Mateus, e por aí em diante.
Quanto aos topónimos das ruas contam-se as de Amieira, de Baixo, do Espírito Santo, de Pedro Anes, de Santo António ou a Praça. Aqui existia um poço, aberto por volta do ano de 1892 por Manuel do Vale, natural do Vergão. Sobre ele fazia-se o coreto da música. Posteriormente foi adaptado, tendo sido montada uma bomba manual.
Atualmente este poço não é visível e a Praça adquiriu o nome de José de Oliveira Tavares Júnior.
Fonte: “Cardigos – Subsídios para a sua história”
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